5. ”ÁRVORE+MÁQUINA”

Conceitualmente, o projeto de exposição S.E.E.D - Capítulo 1: Hipótese do Bioma Paralelo" parte da germinação de um ser/sistema híbrido orgânico-inorgânico: a convergência da "tecnologia-árvore" e da "tecnologia-máquina", ambas os modos de produzir formas de pensamento e vida imbricadas no mesmo ser, conjugadas no mesmo corpo, ressoando o movimento confluente que dá início ao coletivo S.E.E.D. como uma nova forma de vida coletiva, bem como os nossos desejos para esta exposição. Tal hibridização de sistemas constitui a interface de pensamento comum que alimenta as inquietações de S.E.E.D., materializadas no coração da exposição de forma abstrata e concreta.

Emergindo no centro do espaço da exposição, o ser híbrido "Árvore+Máquina" é composto por uma árvore viva, a qual componentes mecânicos são acoplados, como fios, cabos e peças plásticas/metal, adentrando suas raízes, seiva, tronco, galhos, copa, atribuindo outras materialidades, funcionalidades e escalas ao estatuto “orgânico” do corpo da árvore. Esse ser híbrido tem a extensão de suas raízes alongadas por essas próteses orgânicas-inorgânicas, infiltrando-se nas outras ambientações que compõem o percurso expositivo. As raízes/fios perpassam o território dessas ambientações como os tecidos de uma planta que se contorce avidamente em busca de nutrientes em solos profundos, ou até mesmo como vasos sanguíneos que irrigam tais domínios com a vitalidade das ideias, criando conexões de sentido com o espaço escultórico da exposição e com as obras de arte que integram a experiência em cada um dos ambientes e do todo.

Assim é deflagrada a organização de um sistema simpoiético, uma confabulação em que todas as suas partes componentes investigam incessantemente como combinar equilíbrio e caos vez pós vez. Isso também não descreveria a experiência de conceber coletivamente uma experiência expositiva? Não é assim que funciona a criação artística?

A instalação “Árvore+Máquina” é realizada por S.E.E.D. em colaboração com o artista multimídia e programador de São Paulo, Gustavo Milward.

5. ”ÁRVORE+MÁQUINA”

Conceptually, the exhibition project "S.E.E.D - Chapter 1: Hypothesis of the Parallel Biome" starts from the germination of a hybrid organic-inorganic being/system: the convergence of "tree-technology" and "machine-technology," both ways of producing intertwined forms of thought and life, combined in the same being, resonating with the convergent movement that initiates the collective S.E.E.D. as a new form of collective life, as well as our desires for this exhibition. Such hybridization of systems constitutes the common thought interface that feeds the concerns of S.E.E.D., materialized at the heart of the exhibition in both abstract and concrete forms.

Emerging in the center of the exhibition space, the hybrid being "Tree+Machine" is composed of a living tree to which mechanical components are attached, such as wires, cables, and plastic/metal pieces, infiltrating its roots, sap, trunk, branches, and canopy, imparting other materialities, functionalities, and scales to the "organic" status of the tree's body. This hybrid being has the extension of its roots elongated by these organic-inorganic prostheses, infiltrating other environments that make up the exhibition path. The roots/wires traverse the territory of these environments like the tissues of a plant eagerly seeking nutrients in deep soils or even like blood vessels that irrigate these domains with the vitality of ideas, creating meaningful connections with the sculptural space of the exhibition and with the artworks that integrate the experience in each of the environments and as a whole.

Thus, the organization of a symbiotic system is triggered, a confabulation in which all its component parts incessantly investigate how to combine balance and chaos time after time. Wouldn't this also describe the experience of collectively conceiving an exhibition? Isn't this how artistic creation works?

The installation "Tree+Machine" is realized by S.E.E.D. in collaboration with the multimedia artist and programmer from São Paulo, Gustavo Milward.